Buzzcocks @ Clash Club, 25/11/2010

Barulho, suor e cerveja. Esses três foram talvez os principais ingredientes que se juntaram a boa e velha escola de punk rock do Buzzcocks da noite de quinta passada (dia 25) no Clash em São Paulo. Se o barulho em si deixava a desejar em certos momentos (obviamente não por culpa dos grupos, mas em razão da aparelhagem do local), banda e público trataram de dar uma aula de quase uma hora e meia ensinando como se festeja o rock'n'roll.


Chegamos pouco antes do término do show dos californianos do Adolescents, outro nome da velha guarda do punk rock (também fundada no final dos anos 70), que se apresentava pela primeira vez no Brasil e, a aquela altura, incendiava a casa que já começava a lotar.


Terminado o primeiro show, era hora da longa espera pela principal atração da noite. Diferente das outras 3 ocasiões em que a banda visitou o país, dessa vez a turne Another Bites se concentraria nos primeiros lançamentos da banda, de audição obrigatória, Another Music in a Different Kitchen, Love Bites e a coletânea Singles Going Steady, além do seminal EP, Spiral Scratch, o que acentuava ainda mais o caráter histórico da apresentação.


Depois de mais de uma hora no aguardo, Pete Shelley e Steve Diggle, acompanhados de baixista e baterista convidados, finalmente deram as caras. Logo de começo, o medley "Boredom"/"Fast Cars" deu o tom do que seria aquela noite. A cada clássico, um show a parte no animado pogo a frente do palco. E os clássicos foram muitos, é claro: tiros nervosos de "Autonomy", "Whatever Happened to...?" (video abaixo), "Noise Annoys", "Breakdown", "What do I get?", a baladinha punk de "Love is Lies", a batida incrível de "Moving Away from the Pulsebeat", entre tantas outras. Tão impressionante quanto o set de pérolas é a vitalidade com que os veteranos guitarristas demonstram no palco. Enquanto Shelley se concentra em tomar as rédeas do espetáculo, o elétrico Diggle parece não conseguir ficar parado, espancando seu instrumento e pulando como se estivessemos em 79. Finalizando a primeira parte da apresentação, "I Believe" é cantada em coro pelo público.


Poucos minutos depois, as palmas e gritos por bis são atendidos e o quarteto volta para fechar com "Harmony in My Head", "Oh Shit" e os dois maiores clássicos do grupo, "Ever Falling in Love" e "Orgasm Addict" para o delírio da roda punk.


  • outras fotos no Flickr, por Alessandra Luvisotto

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