Sprint 77 e Relespública @ Inferno, 17/01/09

Show no Inferno é normalmente sinônimo de péssima discotecagem. Ao menos, sem qualquer relação com as bandas que se apresentam. E mais uma vez não foi diferente (pelo menos no começo da noite), com o glam oitentista (lê-se Poison & cia.), um tanto quanto distante do mod e punk 77 das bandas que tocariam em breve. Felizmente alguém de melhor senso tratou de conduzir as pick ups de acordo, com Clash, 13th Floor Elevators, Stiff Little Fingers, Laboratório SP entre outros. O bar, no entanto, continou sofrível (e caro). De fato, Inferno só vale a pena quando a(s) banda(s) realmente compensa(m), e esse era o caso.

Sprint 77
A banda de abertura começou o show tarde (como o Inferno faz de praxe) mostrando um rock simples, fortemente influenciado pelo punk rock old school britânico e a cultura mod, com direito a trechos de The Jam e, é claro, lambretas (esta aliás foi várias vezes lembrada durante o show, e parece figurar realmente como a maior fixação da banda).
A apresentação começou um pouco desacreditada, mas a banda conseguiu conquistar boa parte do público presente a medida que as músicas eram tocadas.




Relespública
Já passava das 2 horas quando o power-trio curitibano subiu ao palco para a alegria de um bom número de fãs que os aguardavam. Ninguém até então imaginava que seria um show tão especial.


Fabio Elias & cia. começaram apresentando algumas das faixas do seu último disco, "Efeito Moral", mas logo chamaram ao palco uma das participações especiais da noite, o grande amigo da banda, Nasi. O antigo vocalista do Ira! acompanhou a banda em alguns clássicos como "I wanna be your dog", "My generation" e "Boatos de Bar", esta do grande "As histórias são iguais" do trio curitibano. Em seguida, a banda tocou outras obrigatórias do disco anterior, como "Eu Soul", "Essa canção", "Notícias", "O Camburão" e "Nunca Mais", e mais covers como "A minha menina" (com o já cantado em coro trecho de Paulo Leminski).


Então, eis que surge no palco a segunda participação especial da noite, Thunderbird, emprestando o baixo de Ricardo Bastos para tocar outra não menos clássica, "You really got me". Na sequência, mais um cover: "Runaway", de Del Shannon. E então novamente Nasi sobe a frente, dessa vez para cantar "Tarde Vazia" na companhia dos amigos e encerrar o inesquecível show com mais um de seus blues.